Motivos Sádicos              ( 19 de janeiro de 2011) ( 16:37 )



Ás vezes me dá vontade de jogar a minha fragilidade, na sua cara
Mas o que me mata, é que não adiantaria, você já a conhece.
Eu sei, egoísmo, mas eu queria que você sentisse o mesmo.
Desculpe - me, só posso lhe oferecer isso,
Sobras de um coração em migalhas, que murcham quando na palma de sua mão
Você as aponta ao sol.
Não as jogue fora, é o melhor que eu posso oferecer ...
Vou fazer uma cicatriz em meu peito
Toda vez que você me magoar,
Talvez você veja
Quando estivermos á sós
O quanto eu sou um merda.
O inferno e o céu parecem tão pertos,
Quando lhe vejo aqui.
Me chute, me humilhe, barra de ferro
Tire sangue de meu rosto
Todos já fizeram isso, você não vai ser pior que eles.
A dor sempre se mostrou a mesma todo o tempo,
Esse amor que todos falam, é inconstante.
Tenho medo dele, pois ele me bateu mais que a própria dor.
Cuspa na minha cara, me humilhe, barra de ferro
Tire sangue do meu rosto,
Todos já fizeram isso, mas por favor, me deixe sozinho um pouco ...
Eu quero me humilhar também,
Talvez eu receba a extrema unção, do egocêntrico " Deus Pai ".

                             Depressão Noturna ( quarta, 4 de janeiro de 2012 ) 18:07



Rasgar a minha própria carne me faz sentir bem ás vezes
Eu sinto a dor muito mais intensa do que a felicidade
E tenho medo até da felicidade ás vezes.
Eu me esquartejo e me crucifico, todos os dias,
Em minha mente.
Você pode ver isso ?
Não pode.
Você tem muito medo de sentir.
Eu queria morrer, vendo meu corpo ser retalhado,
Parte por parte.
Você pode ver isso ?
Meu sol nunca brilha.
Ou os meus dias são feitos de noites,
Ou nas minhas noites, a lua brilha mais um pouco.
Eu vejo meu sangue escorrer em minha cama,
Todas essas noites no verão.
Eu sinto teu corpo tão longe do meu,
Que ás vezes, é como se nem me sentisse.
E precisasse cortar meu rosto, em frente ao espelho,
Pra notar que ainda estou vivo, e sentir você.
Não quero que as meus dias deixem de ser noite,
Só não queria sentir tanto a noite, como sinto agora.