Continuo dormindo e acordando, como sempre faço.
Continuo vivendo, apesar de não ter achado sentido nisso ainda.
De um momento pra outro me vi brigando por tudo que eu quero,
Sem achar as respostas que estava procurando.
Me conformei.
Me conformei em ver as pessoas como são,
De ver como estou, não querendo mais sofrer.
De ver você longe, desesperada, e não poder te ajudar.
E mais além, ver que as vezes parece que você não quer mesmo ser ajudada.
Eu continuo sozinho na escuridão, descobri que é o meu lugar.
O menino assustado no canto da sala escura levantou, e gritou.
Gritou até que sua voz acabasse, e o que ele passou horas gritando ...
Foi um EU TE AMO.
Gritou até perder a voz ...
Agora ninguém mais entra e o tortura naquele espaço, agora é só dele.
Ele mesmo se machuca ás vezes, mas é só por causa da rotina ...
Acostumou a solidão, a estar sempre enchergando aquela luz,
Por onde ela entrou e saiu.
E ele não vai sair, é confortável estar ali, sem ser maltratado.
Não liga de estar sozinho. Só fica atento a quem entra pela porta.
E está pronto pra quem acha que vai torturá - lo de novo.
Estou faminto. Faminto por pessoas. Entrem e sejam devorados.
Voltar pra luz ? NUNCA MAIS !
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